Jornalismo.

Detetive é morto em SP.





Detetive é executado com 10 tiros
 

 Vingança
ou queima-de-arquivo. Estas são algumas das hipóteses que a polícia investiga para tentar elucidar a morte do detetive particular Pedro Saraiva Granja, 55 anos, natural de Bodocó-PE, executado com 10 tiros à queima-roupa, na noite da última quarta-feira, dia 12. De acordo com informações populares, Granja tinha acabado de sair da Câmara de Vereadores, após participar de audiência que dis-cutia a questão da segurança de Capim Grosso, quando foi surpreendido por dois motoqueiros, por volta das 23h30, em frente à Associação Atlética e Cultural Capimgrossense (AACC), no Bairro Jardim Araújo, a poucos metros de sua residência.
Segundo informações anôni-mas e não confirmadas pela polícia, os dois assassinos que estavam usando capacete para dificultar a identificação, se aproximaram do detetive e efetuaram vários disparos, atingindo as regiões craniana e torácica do mesmo, que teve morte instantânea. Após tomarem conhecimento do crime, a coordenadora regional de polícia Patrícia Marques Brito e o comandante da 24a CIPM major Sérgio Moisés Ramos de Santana se deslocaram com várias viaturas para o local para acompanhar o trabalho de levantamento cadavérico. Uma equipe de peritos do Departamento de Polícia Técnica de Jacobina também esteve no local e recolheu 10 cápsulas de pistola calibre 380.
Momentos antes de ser fuzilado, Pedro Granja fez novas denúncias de irregularidades administrativas contra o prefeito do município de Capim Grosso, Itamar da Silva Rios, que está afastado do cargo, e críticas a segurança pública desse município durante sessão pública na Câmara de Vereadores. O detetive se tornou popular pelas denúncias que levaram ao afastamento de Itamar do cargo. "Ele dizia que sua morte só interessava a duas pessoas", disse um amigo da vítima que não quis se identificar, temendo represálias.
Em entrevista ao jornal Primeira Página, a delegada Patrícia Marques Brito, coordenadora da 16ª Coorpin (Jacobina), disse não ter pistas dos assassinos, mas trabalha com várias hipóteses, inclusive de vingança ou queima-de-arquivo. "Nós sabemos que a vítima fazia denúncias de diversas formas, inclusive que foram veiculadas na imprensa. As investigações estão em andamento e já temos algumas pessoas suspeitas, mas nós ainda temos que trabalhar em cima de algumas informações, para podermos buscar uma autoria definida em relação a esse crime que chocou toda a região e está tendo repercussão no Estado", disse Patrícia Marques.
Já o comandante da 24a CIPM, major Sérgio Moisés Ramos de Santana garantiu que a Polícia Militar dará todo apoio necessário às investigações e também está preocupada na elucidação do crime.

Detetive particular é morto com a mulher em canavial

A polícia mineira acredita que a vingança pode ter sido o motivo do crime

      Redação Jornal Coletivo
Minas Gerais – A polícia mineira ainda não tem pista para desvendar a morte de um casal, cujos corpos foram encontrados, na tarde de ontem, em um  canavial da cidade de  Guaranésia, no sul do estado, mas segundo um policial, o homem, 32 anos, foi identificado como um detetive particular que trabalhava de forma ilegal. “A mulher era dona de casa e ao que tudo indica, como companheira da vítima, pode ter sido assassinada por estar na companhia dele. Estamos investigando o fato do homem ter sido executado por conta da atividade que exercia, possivelmente, por vingança”, acrescentou.

Segundo a Polícia Militar, a família das vítimas afirmou que elas estavam desaparecidas desde o último domingo, mas a queixa para a polícia foi feita apenas na quarta-feira passada. Os parentes dos mortos teriam recebido ligações anônimas dizendo que os dois estavam mortos e que os corpos poderiam ser localizados naquele canavial.

Por isso, ontem, um grupo de aproximadamente dez amigos e um cachorro saíram em busca e encontraram os corpos. Ainda segundo informações do policial,   sacolas tampavam os rostos das duas vítimas, que tinham muitas marcas de agressão pelo corpo. O policial também afirmou que o laudo da perícia mostrou que os dois foram mortos há cinco dias, naquele local. O casal morava em Guaxupé.



Não é novidade para ninguém que os jornalistas sempre estão atrás de um bom furo de reportagem, uma bomba, um escândalo político ou policial. Para que consigam realizar boas matérias, os repórteres precisam apurar informações e, é claro, investigar fatos. O jornalismo investigativo é fascinante e sempre atrai profissionais da comunicação.

Porém, o jornalista se vê, às vezes, diante de alguns dilemas. Quais os limites entre a investigação e a invasão de privacidade? Por exemplo, há quase três meses, José Dirceu, figura conhecida da política nacional (mais por escândalos do que qualquer outra coisa) afirmou que o repórter Gustavo Ribeiro, da revista Veja, havia tentado invadir seu quarto em um hotel em Brasília.

O repórter investigava supostas reuniões de Dirceu com autoridades ligadas ao governo federal. Segundo a reportagem da revista Veja, as reuniões se davam com a base aliada da presidente Dilma Rousseff (partidos PT e PMDB) e aumentaram durante o período em que o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, estava sob investigações que culminaram com sua queda.

José Dirceu registrou um Boletim de Ocorrência e o caso estava sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal. Gustavo Ribeiro queria, obviamente, conseguir informações bombásticas para fazer uma reportagem-denúncia. Não ficou provado que o repórter tentou efetivamente invadir o quarto do político. Mas caso isso tivesse acontecido, ele estaria certo ou errado?

Nesse momento, o jornalista se vê diante de um impasse. Violar domicílio é crime e todos sabemos disso. Porém, aqui no Brasil, o país da impunidade e da bandalheira, as coisas são muito bem escondidas. Ou seja, se o profissional não ousar, também não conseguirá fazer uma denúncia. A quebra de regras faz parte de algumas investigações.

Recentemente, o tablóide The News of The World fechou por causa de denúncias de que o jornal usava escutas ilegais para conseguir informações da vida pessoal de celebridades e políticos e, desta forma, dava furos sensacionalistas de reportagem.

Também comentei no post anterior sobre a jornalista Marcela, personagem da novela Fina Estampa, da TV Globo. Ela invade a vida pessoal de suas fontes para conseguir informações privilegiadas e até manipular os fatos. São situações diferentes, mas com o mesmo foco. O limite entre a investigação e a invasão.

Particularmente, sou daqueles que gostam de agir dentro das leis. Logo, invasão de privacidade é algo que eu jamais faria. Até porque cometer um crime para descobrir outro é o mesmo que o roto falando do esfarrapado. O jornalista é menos criminoso que o político? A saída é tentar, junto aos juízes de direito, a liberação de escutas telefônicas legais e exigir que esse processo seja mais rápido. Essa pode ser uma saída.

Outra possibilidade é investigar pessoas próximas às fontes acusadas, alguém que esteja descontente ou incomodado, que você sente que pode dar declarações relevantes. Paparazzos e invasão de vida pessoal de modo desnecessário é algo com que não compactuo. E você, agiria de que forma? Um forte abraço.